Cinco estratégias de Internet das Coisas altamente eficazes

Uma estratégia de IoT vencedora exige liderança forte, papéis claramente definidos e uma equipe dedicada. Líderes de TI pioneiros oferecem conselhos para quem vai começar agora

A Internet das Coisas (IoT) está se tornando mais do que apenas uma palavra-chave para muitas organizações. A ideia de conectar centenas ou milhares de produtos, ativos corporativos e outras “coisas” pela internet para coletar dados valiosos é uma proposta convincente para empresas em uma variedade de indústrias.

Mas construir uma estratégia IOT eficaz não é simples. IoT envolve muitas partes móveis (literalmente) e apresenta uma série de grandes desafios. Aqui, os líderes de TI que lançaram projetos IoT oferecem conselhos valiosos para aqueles que estão apenas começando a formular seus planos.

1 – Nomeie um líder de IoT

Toda estratégia eficaz de IoT requer um líder forte. Este indivíduo deve surpervisionar vários componentes técnicos da iniciativa IoT e ser capaz de orientar uma estratégia coesa para garantir que todos estejam na mesma página.

Seu líder de IoT pode ser um profissional sênior de TI, operações ou mesmo um líder de negócios. Alguns especialistas falam sobre a necessidade de um Chief IoT Officer (CIoTO).

“É fundamental ter liderança bem definida gerenciando a iniciativa”, diz Scott Sandler, gerente de tecnologia de computação em nuvem da Rockwell Automation, um provedor de tecnologia de automação industrial. “Poderia ser um CIoTO ou outro cargo que tenha a autoridade apropriada para conduzir a mudança necessária na organização, estabelecer a estratégia e garantir que, mesmo que a tecnologia mude –  e rápido, como vem acontecendo – você permaneça fiel a essa estratégia”.

A Rockwell, em 2011, iniciou um esforço de IoT como uma extensão de seus negócios. Sua iniciativa de IoT permite que os clientes da empresa conectem seus equipamentos e sistemas industriais à nuvem para que possam analisar melhor os dados operacionais e aprimorar o suporte à decisão para tecnologia operacional e usuários de TI.

A Rockwell está trabalhando com a Microsoft para garantir que ela tenha uma plataforma IoT industrial segura que possa se adaptar às necessidades crescentes de coleta de dados dos clientes e facilitar o movimento de dados através da empresa.

2 – Crie uma área de IoT distinta

Se a IoT se destina a ser um componente significativo do modelo de negócios da sua empresa, é essencial ter uma área dedicada a IoT dentro da empresa.

A Schneider Electric, fornecedora de produtos de gerenciamento de energia e automação, está construindo uma estratégia para capturar a eficiência gerada principalmente pela convergência de tecnologia operacional e a de TI. Atrás dessa convergência está a aceleração da IoT, e a empresa criou um grupo de transformação digital dedicado e global para supervisionar os esforços nessa área.

O grupo supervisiona uma Fábrica de Serviços Digitais, que compreende uma extensa equipe de desenvolvedores que trabalham com unidades de negócios para projetar e desenvolver aplicativos de IoT inovadores, projetados para atender às necessidades conhecidas do cliente.

“Trabalhamos para aproveitar o poder e a promessa de IoT, desenvolvendo a tecnologia da plataforma digital que combina de forma perfeita a energia, a automação e o software”, diz Cyril Perducat, vice-presidente executivo de IoT e Transformação Digital da Schneider Electric, que lidera o grupo .

“Estamos empenhados em traduzir dados em inteligência acionável e a capacidade de nossos clientes tomarem melhores decisões de negócios a qualquer momento”, diz Perducat. “Para nós, os dados não têm sentido até que eles possam atender às reais necessidades dos clientes”.

A Schneider Electric criou a EcoStruxure, uma plataforma aberta e interoperável habilitada para IoT que alavanca avanços no IoT, mobilidade, detecção, nuvem, análise e segurança cibernética. O EcoStruxure combina produtos conectados e sistemas de controle de borda com aplicativos, análises e serviços e atualmente é implantado em mais de 450 mil instalações, conectando mais de 1 bilhão de dispositivos.

3 – Defina claramente as funções IoT

Nenhuma iniciativa IoT terá sucesso sem as pessoas certas nas funções corretas. IoT abrange uma ampla gama de negócios, e se as habilidades erradas estão sendo aplicadas a componentes específicos, o esforço da IoT pode falhar.

A fabricante de produtos químicos Texmark Chemicals vem trabalhando com a HPE Aruba para explorar maneiras de usar IoT na produção de produtos químicos. O objetivo é usar as tecnologias IoT para ajudar a aumentar a segurança das plantas, a eficiência nos processos e a produção dos trabalhadores.

Os produtos relacionados à IoT que a Texmark está usando incluem análises preditivas, análise avançada de vídeo e gerenciamento de ativos do ciclo de vida.

“Para cada produto químico que a Texmark faz, dois tipos de análise preditiva podem ser aplicados: discreta e de processos”, diz Douglas Smith, CEO da Texmark. “Análise discreta nos dá informações sobre o equipamento utilizado – bombas, filtros, reatores, torres de destilação – e nos permite prever e evitar falhas no equipamento”.

A análise de processos permite que a empresa tire dados das análises discretas e faça mudanças nos seus processos, com base no que está acontecendo dentro das unidades discretas, para melhorar o processo contínuo de produção.

Outro componente de IoT é a análise de vídeo, que a empresa usa para transmissão de vídeo em tempo real de tanques ou bombas para determinar um derramamento ou vazamento. E o gerenciamento de ativos do ciclo de vida permitirá que o Texmark rastreie todos os ativos, desde a compra até a instalação e a manutenção, fechando o ciclo de vida do produto.

Uma parte fundamental da estratégia IoT da Texmark é atribuir aos indivíduos mais envolvidos com um processo específico vários processos e soluções do IoT.

“Por exemplo, nosso engenheiro principal é líder em análises preditivas e gerenciamento de dados, e nosso diretor de segurança da planta é líder em segurança da IoT”, diz Smith. “Cada um deles é responsável por esses aspectos do IoT. Queremos que a pessoa que melhor compreende o processo seja responsável “.

Isso não significa que as funções IoT individuais devam ser autônomas. Como chefe da empresa, Smith supervisiona o programa geral de IoT, mas ele diz que delegar tarefas às pessoas mais qualificadas e manter todos no loop é uma chave para o sucesso.

“Para obter o buy-in das pessoas da equipe, precisamos que eles saibam o que estamos tentando fazer. Nosso papel é perguntar como podemos ajudá-los melhor”, diz Smith. “A Texmark pode ter a tecnologia de IoT mais avançada, mas se as pessoas que fabricam produtos químicos não comprarem o uso, não funcionará”.

4 – Construa uma cultura de IOT Segura

Uma das maiores preocupações sobre o IoT é a segurança e a privacidade dos dados – e com uma boa razão. Houve incidentes com carros autônomoss e ataques de negação de serviço (DoS) lançados a partir de produtos conectados.

Garantir a segurança de dispositivos, sensores, redes e aplicativos deve ser uma prioridade máxima para qualquer estratégia de IoT.

“Estabelecer e manter uma área bem-sucedida de IoT deve incluir o desenvolvimento de políticas sólidas de dados e privacidade”, diz Bill Thirsk, vice-presidente de TI e CIO no Marist College.

A Marist está nos estágios finais do desenvolvimento de produtos e serviços da IoT. A tecnologia da empresa reúne informações bio-digitais sobre a saúde através do acesso sem fio a partir de sensores usados ​​por indivíduos com algum nível de risco para a saúde.

Os dados, como sinais vitais e outros indicadores de saúde geral são fornecidos pelos sensores e coletados em tempo real, e os algoritmos preditivos comparam as mudanças nos sinais vitais contra histórias conhecidas. Os dispositivos de monitoramento continuam a transmitir dados usando protocolos sem fio seguros para permanecer constantemente conectados a sistemas de monitoramento e serviços médicos, diz Thirsk.

“Todos os nossos projetos IoT exigiram a inclusão de dispositivos de muitos fabricantes, de sensores baratos a dispositivos de rede sem fio e tradicionais, a firewalls e balanceadores de carga”, diz Thirsk. “Um sistema confiável deve ser projetado especificamente como um transportador de todos os dispositivos de IoT, não importa quão pequenos. E no caso de alguns dados, completamente criptografados, pelo menos em pontos de coleta ou agrupamento “.

Como parte do desenvolvimento da cultura da segurança IoT, “ter uma liderança de equipe que possa contar a história [de segurança], definir e explicar restrições de segurança, construir e transformar a equipe à medida que o projeto amadurece e se comunicar continuamente com a equipe e as partes interessadas é fundamental”, diz Thirsk. “Embora ainda não exista um título para este papel, ele pode ser descrito como um engenheiro sênior de projeto”.

5 – Aproveite o conhecimento de IoT disponível fora

Com a Internet das Coisas ainda em rápida evolução, os padrões de conectividade de rede, dispositivos e outros componentes estão, em muitos casos, ainda em desenvolvimento. Como tal, muitas empresas ainda não têm experiência para lidar com todos os aspectos de IoT em casa, e muito menos acompanhar as mudanças. A experiência externa pode ajudar.

A gestora de eventos Hargrove está explorando como a IoT pode ajudá-la a rastrear itens que são enviados para eventos de clientes. A empresa precisa acompanhar o frete do seu armazém até os estandes dos clientes, por exemplo.

“Estamos avaliando melhor a tecnologia, além dos códigos de barras ou RFID [identificação por radiofrequência]”, diz Barr Snyderwine, diretor de sistemas de informação e tecnologia da Hargrove. “Soluções de IoT poderiam rastrear ativamente o deslocamento de itens do armazém até os estandes nos centros de  convenções”, diz Snyderwine.

A esperança é de que a IoT automatizará muitas das tarefas envolvidas para que os funcionários não precisem verificar manualmente quando os itens são enviados, quando eles são recebidos, quanto precisa ser cobrado dos clientes, quantos itens, como cadeiras emesas estão em inventário, e assim por diante. Em última análise, IoT poderia ajudar a empresa a ganhar eficiência nas operações, reduzindo o tempo e o custo necessários para entregar serviços e bens aos clientes.

Mas a experiência de TI da Hargrove não inclui a capacidade de construir e manter a infraestrutura e as ferramentas necessárias para essa operação IoT.

“Nossas melhores práticas planejadas são contratar uma empresa de consultoria que saiba como implementar IoT e formar uma comunidade de usuários internamente para dominar o processo e o sistema”, diz Snyderwine. “O problema que eu prevejo será a adoção por parte dos usuários. Nosso negócio se move tão rápido que todo sistema deve ser rápido, eficiente e fácil de usar “.

Fonte: ASUG

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